terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Terceiro dia


Looks que eram contínuos, às vezes até parecidos (leia-se quase idênticos), mas sem deixar de lado o glamour. A Iodice apostou em miçangas e comprimentos curtos, sempre sobrepostos por leggings emborrachadas. A fauna e a flora amazônica estavam presentes não como inspiração, mas como pequenos detalhes.


E quando se fala em detalhes, o nome que vem a cabeça é o de Ronaldo Fraga, sempre um show a parte o desfile chega arrepiar, onde moda não é só tendência, é fantasia, é imaginação, é viajar sem sair do lugar. Homenageando a bailarina Pina Bausch (falecida ano passado), ele nos deu a alegria e emoção de mais um show, onde modelos desfilavam com cabelos sobre o rosto e mascaras nas costas. E se me perguntarem dá pra usar? Digo com toda certeza que não há nada que possa ser descartado, as saias de babado, os casacos com ombreiras, a silhueta oversize, estão todos ali, a diferença é que são mostrados como poesia.


Depois de tanta emoção e euforia ia ser difícil que Simone Nunes superasse o que já havia se visto; o desfile com peças clássicas, canutilhos, bordados, transparências, tudo aquilo que já se viu nos três dias de evento em peças femininas e sempre marcadas na cintura.


Continuando na emoção que está a flor da pele é Fábia Bercsek, que no final do seu desfile como desabafo ou não atirou o que parecia uma chave, como se estivesse livrando de algo, pode ser a crise dos 30, em que a estilista está se restabelecendo (após ter fechado sua loja). Toda essa confusão infelizmente apareceu no desfile que estava fragmentado e sem o que ela faz de melhor, o estilo rock roll. Um começo confuso, mas um final digno com vestidos de lã e franjas de metal, em um momento filosófico onde ela mesmo diz procurar o sentido da vida e da moda.


Agora esquecendo de roupa e indo para as celebridades, seria destino, praga ou algo do tipo, porque ultimamente onde se tem Jesus Luz, se esquece do principal a moda, e a Ellus pecou nisso, um desfile fraco e sem grandes apresentações. Looks demasiadamente comerciais


E pra terminar falando de roupa e moda efetiva, o desfile da Triton veio cheio de rebeldia e sem rock roll; os looks mais lembravam aqueles dos clubbers dos anos 1990, com muito lamê e tule, mais cibernético impossível.

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