terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um pouco de explicação, crítica e pouca surpresa


Sim, eu sumi. Mas não para sempre, voltarei a postar com uma freqüência menor, nesse primeiro mês, enquanto o blog e eu me acostumo com umas novas atribuições.

Mas as semanas de moda estão ai e não poderia deixar de comentar. O Fashion Rio foi um mar de surpresas não tão boas, bons estilistas com trabalhos fracos. Um Fashion Business muito criticado, com estrutura fraca que sofreu muito com esse “Rio 40 Graus”.

Nos desfiles poucas tendências exploradas, ou melhor nenhuma tendência nova apresentada, só aquelas que já estamos acostumados a ver Neo Punk de taxas e couro, ombros estruturados, Lady Noir, comprimentos mini e preto muito preto são as mais marcantes.

No desfile da Cantão talvez propositalmente talvez não, uma das modelos desfilou com o seios a mostra, e provavelmente seja isso o que mais chamou atenção em toda a coleção. Os shapes aparecem na maioria das vezes largos, com cinturas marcadas e muito comprimento curto para a próxima estação em um mix de referencias étnicas extraídas da ultima viagem da estilista Yamê Reis a Istambul.

Uma surpresa boa foi à estréia de Lucas Nascimento no Fashion Rio, o queridíssimo tricoteiro de grandes grifes, mostrou sua coleção própria com direito a modelagens justas e fios texturizados em uma onda neocinquentista com uma pega underground com as taxas nos mamilos, coisa de moda conceito que só funciona e como funciona em passarela.

A TNG pós era Regina Guerreiro continuou apostando em famosidades globais em seus desfiles, que já foi uma jogada de marketing para disfarçar as roupas se tornaram apenas um bureaux de tendências. Hoje sob os olhos, lápis, e croquis do artista plástico Mauricio Ianês a TNG já surgi com uma cara nova, ora saudosista grunge ora lady noir. Agora só esperamos essa mudança no visual merchandising da marca, que já deixa a desejar a algum tempo.

A Ausländer com mensagens não tão condizentes com o conceito do desfile como “Porn is the new Black”, confeccionou peças que todos que tem um pezinho no dark vão amar, faltando só um pouco mais de fetichismo. No casting Rodrigo Santoro desfilou com uma camiseta mais merchan que moda “There is not life without my Blackberry – Não há vida sem meu Blackberry”, só faltou a trilha sonora ser “ hello moto”.
E o ultimo desfile que preciso comentar por aqui é o do pernambucano Melk Z–Da que montou uma oficina de marcenaria que transformou sedas e tramas de tecidos tecnológicos em uma quase madeira. Peças estruturadas, abusando da geométrica e formas orgânicas com recortes lembrando o último desfile do Reinaldo Lourenço da Disney. Uma pequena obra de artesanato fashion.

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